Escola Bíblica Conhecedores da verdade - O objetivo deste blog e levar você a conhecer a verdade que liberta de todo o Engano. Nesses últimos tempos, muito se tem ouvido falar do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, porém de maneira distorcida e muitas vezes pervertida, com heresias disfarçada etc. “ ...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.32
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terça-feira, 19 de abril de 2016
sábado, 16 de abril de 2016
domingo, 10 de abril de 2016
As Marcas do Novo Nascimento
O vento assopra onde quer; e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem;
nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. (Jo 3.8)
1. Assim é todo aquele que é "nascido do
Espírito", - isto é, nascido novamente, -- nascido de Deus? O que significa
nascer novamente, ou nascer do Espírito? O que implica em se ser filho, ou uma
criança de Deus, ou se ter o Espírito de adoção? Nós sabemos, que esses
privilégios, pela misericórdia livre de Deus, são comumente anexos ao batismo
(e que, por esta razão, é denominado por nosso Senhor, no verso precedente,
aquele que é "nascido da água e do Espírito"); mas nós saberíamos
quais são esses privilégios: O que é, afinal, o novo nascimento?
2. Talvez, não seja necessário dar uma definição disso, já
que as Escrituras dão nenhuma. Mas, como a questão é da mais profunda
relevância para o filho do homem; desde que, "se o homem não nascer
novamente", nascer do Espírito, "ele não poderá ver o reino de
Deus"; eu proponho declarar as marcas de uma maneira mais clara,
exatamente, como eu as encontro nas Escrituras.
I
2. Mas, não é, tão somente, uma fé visionária ou
especulativa, que aqui é falada pelos Apóstolos. Não é apenas a aquiescência
dessa proposição, Jesus é o Cristo; nem, de fato, todas as proposições contidas
em nosso credo, ou no Velho ou Novo Testamento. Não é meramente uma
aquiescência de alguma, ou de todas essas coisas críveis, como críveis. Dizer
isso era dizer, (o qual, quem poderia ouvir?) que o diabo nasceu de Deus; que
ele tem essa fé. Ele, tremente, acredita, que Jesus é o Cristo, e que toda as
Escrituras, tendo sido dadas, por inspiração de Deus, são verdadeiras, como
Deus é verdadeiro. Não é apenas uma aquiescência da verdade divina, em cima do
testemunho de Deus, ou em cima das evidências de milagres; porque ele também
ouviu as palavras de sua boca, e soube que Ele era o testemunho fiel e
verdadeiro. Ele não pôde receber o testemunho que Ele deu, por Ele próprio, ou
do Pai que o enviou. Ele viu igualmente as poderosas obras que Cristo fez, e,
por isso, acreditou que ele "veio de Deus". Ainda assim, não
obstante, essa fé, ele ainda está "preso aos grilhões
da escuridão, até o julgamento do grande dia".
3. Porque tudo isso não é mais do que uma fé morta. A fé
cristã verdadeira e viva, a qual, quem tem, é nascido de Deus, não é apenas uma
aquiescência, um ato de entendimento; mas uma capacidade, que Deus tem forjado
em nossos corações; "é a certeza em Deus de que seus pecados estão
perdoados, através dos méritos de Cristo, e você está reconciliado para o favor
de Deus". Isso implica que um homem, primeiro, tem que renunciar a si
mesmo; para que seja "edificado em Cristo"; e, para que seja aceito,
por meio dele, ele rejeita completamente toda a "convicção da carne";
e, "tendo nada a pagar", não tendo confiado em suas próprias obras,
ou retidão de alguma espécie, ele vem até Deus, como um pecador perdido,
miserável; assolando a si mesmo, condenando a si mesmo, incompleto, impotente;
como alguém cuja boca foi terminantemente calada, e que está completamente
"culpado diante de Deus". De tal senso de pecado (comumente chamado
desespero, por aqueles que falam mal das coisas que eles não conhecem), da
convicção plena, como nenhuma palavra pode expressar, de que apenas de Cristo
vem a salvação, e do sincero desejo dessa salvação, deve proceder a fé viva, a
confiança Nele, que, através de sua morte, pagou nosso resgate, e cumpriu a
lei, em sua própria vida. Essa fé, por meio da qual somos nascidos de Deus, não
é "apenas a crença em todos os artigos da nossa fé, mas também a confiança
verdadeira da misericórdia de Deus, por meio de nosso Senhor, Jesus
Cristo".
4. O fruto imediato e constante dessa fé, pela qual somos
nascidos de Deus, e do qual não podemos, de modo algum, ser separados; não, nem
por uma hora, é o poder sobre o pecado; -- poder sobre o pecado exterior, de
toda a espécie; sobre as palavras e obras más; porque, onde quer que o sangue
de Cristo seja assim aplicado, ele "purga a consciência das obras mortas";
-- e sobre o pecado interior; porque ele purifica o coração de todo desejo e
temperamento iníquo. Esse fruto da fé, Paulo descreve amplamente, em seu sexto
capítulo, de sua Epístola aos
Romanos: "Como podemos nós", diz ele, "dizer
que aquele, que, pela fé, está morto para o pecado, viva ainda algum tempo
nele?". "Que, nosso velho homem estando crucificado com Cristo, o
corpo do pecado estaria destruído, e que, dali em diante, não deveríamos servir
mais ao pecado". – "Do mesmo modo, considerem-se mortos para o
pecado, mas vivos para Deus, através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Não
permitam, daí, em diante, que o pecado reine", mesmo "em seus corpos
mortais". "Porque o pecado não tem mais domínio sobre vocês".
Deus estará agradecido, que vocês, que eram servos no pecado, agora, sendo
livres dele, tornem-se servos da retidão.
5. O mesmo privilégio inestimável dos filhos de Deus, é
afirmado por João; particularmente, com respeito ao ramo anterior, isto é, o
poder sobre o pecado externo. Depois de ter clamado, como alguém atônico,
diante das profundezas da bondade de Deus: "Observe, que tipo de amor Deus
tem outorgado sobre nós, para que possamos ser chamados de Filhos de Deus!
Observe que, agora, somos os filhos de Deus: Mas ainda não aparece o que nós
devemos ser; no entanto, nós sabemos que, quando ele aparecer, nós devemos ser
como ele; porque assim como é, o veremos" (I João 3:1). Mas alguns homens
irão dizer: "Verdade: Quem quer que seja nascido de Deus não comete pecado
habitualmente". Habitualmente! De onde vem isso? Eu não li a respeito.
Isso não está escrito no Livro. Deus diz claramente: "Ele não comete
pecado"; e tu acrescentas, habitualmente! Quem tu pensas que és, para
retificares as palavras de Deus? Para que "acrescentes às palavras desse
livro?" Toma cuidado, eu imploro a ti, para que Deus não
"acrescente" a ti todos os flagelos que estão escritos nele!
Especialmente, quando o comentário que tu acrescentas é tal, que desdiz
completamente o texto: De maneira que, por meio desse método ardiloso de
engodo, as promessas preciosas estão terminantemente perdidas; por meio desse
ardil e subterfúgio de homens, a palavra de Deus é feita sem efeito algum. Toma
cuidado, tu que, assim, tiras das palavras deste livro; que, removendo o
significado e espírito inteiro delas,
leves somente o que pode ser, realmente, denominado letra
morta, para que Deus não remova tua parte do livro da vida!
6. Mas vamos deixar que o Apóstolo interprete suas próprias
palavras, pelo teor total de seu discurso. No quinto verso, deste capítulo, ele
diz: "E bem sabeis que ele", Cristo, "se manifestou para tirar
os nossos pecados; e nele não há pecado". Qual é a inferência que ele
esboça disso? (I João 3:6) "Qualquer que permanece nele não peca; qualquer
que peca não o viu e nem o conhece". Para seu reforço nessa doutrina
importante, ele estabelece como premissa uma precaução altamente necessária:
"Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como
ele é justo" (verso7); porque muitos se esforçarão para persuadir você, de
que pode ser injusto que você possa cometer pecado, e, ainda assim, ser filho
de Deus! "Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem
comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca, desde o princípio".
Então, segue, "Quem quer que nasça de Deus, não comete pecado; porque a
sua semente permanece nele; e não pode pecar; porque é nascido de Deus.
Nisso", acrescenta o Apóstolo, "são manifestos os filhos de Deus e os
filhos do diabo". Por essa marca clara (cometendo ou não cometendo pecado),
é que eles são distinguidos uns dos outros. Para o mesmo efeito são as palavras
em: (I João 5:18) "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca;
mas o que de Deus é gerado, conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe
toca".
7. Um outro fruto dessa fé viva é a paz. Porque, "sendo
justificados, pela fé"; tendo todos nossos pecados apagados, "nós
temos paz com Deus, através de nosso Senhor, Jesus Cristo". (Romanos 5:1).
Isso, realmente, o próprio nosso Senhor, uma noite antes de sua morte, solenemente,
legou em herança, para todos seus seguidores: (João 14:27) "Deixo-vos a
paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize". E Novamente: (João 16:33) "Tenho vos dito
isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo!". Essa é aquela "paz de
Deus que excede a todo entendimento"; aquela serenidade da alma, a qual
não é concebida no coração do homem natural, e não é possível, até mesmo, o
homem espiritual proferir. E é a paz, que nem mesmo todos os poderes da terra e
do inferno são capazes de tirar dele. Ondas e tempestades agitam-se sobre ela,
mas não a estremecem; porque ela está fincada na rocha. Ela permanece, nos
corações e mentes dos filhos de Deus, todo o tempo, e em todos os lugares.
Mesmo que eles estejam na comodidade ou na dor; na doença ou na saúde; na
abundância ou na privação, eles estão felizes em Deus. Em todas as
ocasiões, eles aprenderam a estar satisfeitos; sim, dando graças a Deus,
através de Cristo Jesus; estando seguro de que "o que quer que aconteça, é
o melhor", porque é concernente à vontade Dele. De modo que, em todas as
vicissitudes da vida seus corações "resistem, acreditando no Senhor".
II
2. Essa esperança implica, Primeiro, no testemunho de nosso
próprio espírito ou consciência, de que nós caminhamos "em simplicidade e
sinceridade divina", Segundo, no testemunho do Espírito de Deus,
"testemunhando com", ou para "nosso espírito, que nós somos os
filhos de Deus", "e, se filhos, então seus herdeiros; herdeiros de
Deus, e co-herdeiros com Cristo".
]
3. Vamos observar bem o que nos é aqui ensinado por Deus, no
tocante a esse privilégio glorioso de seus filhos: De quem se trata a
testemunha, de que se fala aqui? Não é do nosso espírito, mas de um outro: do
Espírito de Deus: É Ele quem "testemunha, com nosso espírito". E o
que ele testemunha? "Que nós somos filhos de Deus", "e, se
filhos, então, herdeiros; herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo",
conforme
(Romanos 8:16-17). "Assim sendo, se nós sofremos com
ele; se nós negamos a nós mesmos; se nós tomamos nossa cruz diariamente; se nós
suportamos, alegremente, perseguição ou reprovação, por causa do seu nome, é
para que possamos ser glorificados juntos". Mas, em quem, o Espírito de
Deus dá testemunho? Em todos os filhos de Deus. Por esse mesmo argumento, o
Apóstolo prova, nos versos precedentes: "tantos", diz ele,
"quantos são conduzidos pelo Espírito de Deus, estes são os filhos de
Deus". "Porque você não recebeu o espírito da escravidão, novamente,
para temer; mas você recebeu o Espírito de Adoção, por meio do qual clamamos,
Aba, Pai!". E segue em: (Romanos 8:14-16) "O mesmo Espírito testifica
com o nosso espírito que somos filhos de Deus".
5. E, assim, as Escrituras são cumpridas, "Abençoados
são aqueles que murmuram, porque eles serão confortados". Porque é fácil
acreditar que, embora aflições precedam esse testemunho de Deus com nosso
espírito; (de fato, devem, em algum grau, enquanto nós gememos, debaixo do medo
e do senso da ira de Deus, permanecendo em nós); ainda assim, tão logo, algum
homem o sente, em si mesmo, "sua aflição
transforma-se em alegria". O que quer que sua dor tenha
sido; ainda assim, tão logo, aquela "hora chega, ele se lembra de não se
angustiar mais, porque se alegra" de ser nascido de Deus. Pode ser que
muitos de vocês tenham agora tristeza, porque vocês estão "alienados da
comunidade de Israel"; porque vocês estão cônscios de que vocês não têm esse
Espírito; de que vocês estão "sem esperança, e sem Deus no mundo".
Mas, quando o Confortador vier, "então, seus corações se
regozijarão"; sim, "a alegria de vocês será completa", e
"essa alegria nenhum homem poderá tirar de vocês". (João 16:22)
"Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mais outra vez vos
verei, e o vosso coração e alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la
tirará". "Nós nos alegramos em Deus", podemos, sim, dizer,
"através de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem nós temos agora
recebido a reparação"; "por meio de quem temos, agora, acesso a essa
graça", esse estado de graça, do favor ou reconciliação com Deus,
"por meio da qual nós permanecemos, e nos regozijamos na esperança da
glória de Deus". (Romanos 5:2) "Pelo qual também temos entrada pela
fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus". "Sim", diz Pedro, aqueles que Deus
tem "criado novamente, na esperança viva, são mantidos pelo poder de Deus
na salvação: Por meio da qual vocês se regozijam, grandemente, embora agora
para o momento, possa ser que vocês estejam em aflição, através das tentações
múltiplas; que a experimentação da fé de vocês possa ser encontrada na oração,
e honra, e glória, no aparecimento de Jesus Cristo: em quem, embora vocês não
vejam, ainda assim, regozijam-se com inexprimível alegria e glória
completa". (Pedro 1:5-8) "Que, mediante a fé, estais guardados na
virtude de Deus, para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo,
em que vós, grandemente, vos alegrais, ainda que agora importa, sendo
necessário, que estejas por um pouco constritados com várias tentações, para
que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus
Cristo; ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas
crendo, vos alegrará com gozo inefável e glorioso". Inexprimível, realmente!
Não é para a língua do homem descrever essa alegria no Espírito Santo. Ela está
"escondida no maná, que nenhum homem conhece; salvo aquele que o
recebeu". Mas isso nós sabemos, não apenas permanece, mas transborda, nas
profundezas da aflição. "Será que quando todo o conforto terreno falhar,
as consolações de Deus serão pequenas?". De modo algum! Quando os
sofrimentos abundarem, as consolações de seu Espírito serão ainda mais
abundantes; de tal maneira que os filhos de Deus "rirão diante da destruição,
quando ela vier". Diante da necessidade, do inferno, e da ameaça; sabendo
que Ele que "tem a chave da morte e inferno", e que irá, brevemente,
"lançá-los no abismo insondável"; ouvindo, mesmo agora, sua voz,
vinda dos céus, dizendo, em (Apocalipse 21:3,4) "E ouvi uma grande voz do
céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu
Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas".
III
2. E, nesse sentido, também, (I João 5:1) "todo aquele
que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o
gerou também ama ao que dele é nascido". Seu espírito regozija-se em Deus,
seu Salvador. Ele "ama o Senhor Jesus Cristo com sinceridade". Ele
está, então, "junto com o Senhor", como sendo um só espírito. Sua
alma prende-se à dele, e O escolhe, como, completamente, adorável, o principal
entre dez mil. Ele sabe e sente o que isso significa: (Cantares 2:16) "O
meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os
lírios". E (Salmos 45:2) "Tu és mais formoso do que os filho dos
homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso, Deus te abençoou para
sempre".
3. O fruto necessário desse amor de Deus é o amor ao
próximo; de todas as almas que Deus tenha feito; sem excluir nossos inimigos;
sem excluir aqueles que estão, agora, "despeitosamente usando e nos
perseguindo"; um amor, por meio do qual, nós amamos todos os homens, como
a nós mesmos; como amamos nossas próprias almas. Não somente isto, mas também,
nosso Senhor expressou isso, ainda mais fortemente, nos ensinando a "amar
o outro, como Ele nos amou". Assim sendo, o mandamento escrito nos
corações de todos aqueles que amam a Deus, é nenhum outro do que esse:
"Como eu tenho amado você, então, ame a seu próximo". Agora em (I
João 3:16) "observamos o amor de Deus, em qual ele deu a sua vida por nós,
e que nós devemos", então, como o Apóstolo, justamente, infere "dar a
nossa vida pelos irmãos". Se nós nos sentimos prontos para fazer isso,
então, nós, verdadeiramente, amamos o próximo. Então, (I João 3:14) "nós
sabemos o que passamos da morte para a vida, porque amamos", assim,
"os irmãos". E, (I João 4:13) "Nisso, conhecemos" que nós
somos nascidos de Deus, que "habitamos nele, e ele em nós, porque ele nos
deu de seu" amável "Espírito". Porque (I João 4:7) "o amor
é de Deus; e todo aquele que", assim, "ama, é nascido de Deus, e
conhece a Deus".
4. Mas alguns podem possivelmente perguntar: Mas o Apóstolo
não diz que "Esse é o amor de Deus, que guardemos os seus
mandamentos?" (I João 5:3). Sim. E, esse é o amor ao nosso próximo também,
no mesmo sentido como é o amor de Deus. Mas o que você pode deduzir disso? Que
manter os mandamentos externos é tudo o que está implícito, em amar a Deus, com
todo seu coração, com toda sua mente, e alma, e forças, e em amar seu próximo
como a si mesmo? Que o amor de Deus não é uma afeição da alma, mas, meramente
uma tarefa exterior? E que o amor ao nosso próximo não é uma disposição do
coração, mas, meramente, o curso das obras exteriores? Para mencionar uma
interpretação, tão grosseira, das palavras do Apóstolo, é confutá-lo
suficientemente. O significado claro e incontestável do texto é que esse é o
sinal ou a prova do amor de Deus, de que devemos manter o primeiro e grande
mandamento, para podermos manter todo o restante deles.
Porque o amor verdadeiro, uma vez, esparramado, em nossos
corações, irá nos constranger a procedermos dessa forma; já que, quem quer que
ame a Deus, com todo seu coração, não pode deixar de servi-lo com todas as suas
forças.
5. O Segundo fruto, então, do amor de Deus (tanto quanto ele
pode ser distinguido disso), é a obediência universal a ele que amamos, e em
conformidade com sua vontade; obediência a todos os mandos de Deus, interno e
externo; obediência do coração e da vida; em todo temperamento, e em toda forma
de conversação. E um dos temperamentos, que mais, obviamente, implica nisso é
ser "zeloso das boas obras"; fazer o bem ao faminto e sedento de
todas as maneira possíveis, a todos os homens; o regozijar-se em "dar e se
dar a eles", por todo filho do homem; não buscando recompensa no mundo,
mas apenas na ressurreição do justo.
IV
1. Dessa forma, eu coloquei claramente aquelas marcas do
novo nascimento, como eu as encontrei nas Escrituras. Assim, o próprio Deus
responde aquela questão importante: O que significa ser nascido de Deus? Tal
que, se o apelo for feito aos profetas de Deus, é respondido: "todo aquele
que é nascido do Espírito". Isto é, no julgamento do Espírito de Deus,
para que seja filho ou criança de Deus: É, então, acreditar em Deus, através de
Cristo, já que "não comete pecado", e se alegra todo o tempo, e em
todas os lugares, com aquela "paz de Deus, o qual excede todo
entendimento". É, então, esperar em Deus, através do Filho de seu amor, já
que tem, não apenas, o "testemunho da consciência boa", mas também,
do Espírito de Deus, "sendo testemunha com seu próprio espírito de que
você é filho de Deus"; por esse motivo, não pode deixar de brotar a
alegria Nele, através de quem você "recebeu a redenção". É, então,
amar a Deus, que tem, assim, amado você, como você nunca amou alguma outra
criatura. De modo que você é constrangido a amar todos os homens como a si
mesmo; com um amor que não apenas queima em seu coração, mas arde em todas as
suas ações e conversas, fazendo com que toda a sua vida seja uma "tarefa
de amor", na obediência contínua desses mandamentos: "seja
misericordioso, como Deus é misericordioso"; "seja santo, como eu, o
Senhor, sou santo"; "seja perfeito, como seu Pai, que está nos céus,
é perfeito".
2. Quem, então, são vocês que são, assim, nascidos de Deus?
Vocês "conhecem as coisas que são dadas a vocês de Deus". Vocês
conhecem bem que são os filhos de Deus, e "podem assegurar seus corações
diante dele". E cada um de vocês, que tem observado essas palavras, não
pode deixar de sentir, e conhecer da verdade, se, nesse momento (responda a
Deus, e não ao homem!), você é assim um filho de Deus, ou não. A questão não é,
o que você foi feito no batismo; (sem usar
sofisma); mas, o que você é agora? O Espírito de adoção está
em seu coração? Ao seu próprio coração esse apelo deve ser feito. Eu não
pergunto, se você era nascido da água e do Espírito; mas se você é agora o
templo do Espírito Santo que habita você? Eu reconheço que você esteja
"circuncidado com a circuncisão de Cristo"; (como Paulo enfaticamente
denomina o batismo); mas o Espírito de Cristo da glória agora descansam sobre
você? Ou "sua circuncisão transformou-se em incircuncisão?".
3. Não diga, então, em seu coração: "Eu estive, uma
vez, batizado, entretanto, eu sou agora um filho de Deus". Ai de mim, esta
conseqüência, de modo algum, será mantida. Quantos são os que são batizados,
glutões, e beberrões; os que são batizados, mentirosos e praguejadores; os que
são batizados, caluniadores e maledicentes; os batizados, devassos, ladrões, e
extorsores? O que vocês pensam? Esses são agora filhos de Deus?
Verdadeiramente, eu digo a vocês, quem quer que vocês sejam, aos quais algumas
dessas características precedentes pertencem: "Vocês são como o pai de
vocês, o diabo, e as obras que seu pai, vocês fazem". A vocês, eu clamo, em nome Dele , a quem vocês
têm novamente crucificado, e em suas palavras, para seus predecessores
circuncidados: "Vocês raça de víboras, como pretendem escapar da
condenação do inferno?".
4. Como de fato, exceto se vocês forem nascidos de novo! Já
que vocês estão agora mortos nas transgressões e pecados, vocês não podem
nascer de novo; não existe um novo nascimento, mas, no batismo, vocês são
selados, debaixo da condenação, para consigná-los ao inferno, sem ajuda, sem
esperança. Talvez, alguns possam pensar que isso seja justo e certo. No zelo
deles para com o Senhor dos hospedeiros, vocês podem dizer: "Sim, destruam
os pecadores, os Amalecitas! Deixe esses Gibeonitas serem completamente
destruídos! Eles não merecem menos!". Não; nem eu, nem você. Meu e seu
deserto, assim como o deles, é o inferno; e isso é meramente misericórdia,
liberdade; desmerecida misericórdia é que nós não estejamos agora no fogo
inextinguível. Vocês podem dizer:
"Mas nós somos lavados"; nós fomos nascidos
novamente "da água e do Espírito". Dessa mesma forma, eram eles:
Isso, entretanto, não quer dizer nada, afinal, mas que vocês podem ser agora
mesmo como eles. Vocês não sabem que "quem é o mais altamente estimado dos
homens é abominação para Deus?" Venham adiante, "santos do
mundo", vocês que são homens honrados, e vejam quem irá atirar a primeira
pedra neles, nesses miseráveis não adequados para viver sobre a terra; nessas
prostitutas, adúlteros, e assassinos comuns. Mas, aprendam, primeiro, o que
isto significa em: (I João 3:15) "Qualquer que aborrece a seu irmão é
homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida
eterna". Em (Mateus 5:28) "Eu, porém, vos digo que qualquer que
atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com
ela". Em (Tiago 4:4) "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser
amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus".
5. "Verdadeiramente, verdadeiramente, eu digo a vocês,
que vocês", também, "devem nascer novamente". "A menos que
vocês", também, "nasçam novamente, não verão o reino de Deus".
Não confie mais no apoio de pessoas que não se deve confiar, que vocês foram
nascidos novamente no batismo. Quem pode negar que vocês foram feitos filhos de
Deus e, então, herdeiros do reino dos céus? Mas, não obstante isso, vocês são
agora filhos do diabo. Conseqüentemente, vocês devem nascer de novo. E não
permitam que Satanás coloque, em seus corações, contestar a palavra, quando ela
é clara. Vocês ouviram quais são as marcas dos filhos de Deus: Todos vocês que
não a têm em suas almas, batizados ou não, precisam recebê-las, ou, sem dúvida,
irão perecer eternamente. E, se vocês foram batizados, vocês apenas devem
esperar isso: que aqueles que foram feitos filhos de Deus pelo batismo, mas que
agora são filhos do diabo, possam novamente receber o "poder de se tornar
filhos de Deus"; que eles possam receber novamente o que eles perderam, o
mesmo "Espírito de adoção, clamando em seus corações, Aba, Pai!"
Amém, Senhor Jesus! Possa cada um que preparou seu coração novamente buscar a
tua face, e receber novamente aquele "Espírito de adoção", e clamar
alto: "Aba, Pai!". Permita que ele agora novamente tenha o poder,
então, de acreditar em teu nome, para que se torne filho de Deus; para saber e
sentir que ele tem "a redenção em teu sangue; e, até mesmo o perdão dos
pecados"; e que ele "não pode cometer pecado, porque ele é nascido de
Deus". Permita que ele agora seja "recriado na esperança viva",
de modo a "purificar a si mesmo como tu és puro!", e "porque ele
é filho", deixe o Espírito do amor e da glória descansar sobre ele,
limpando-o "de toda impureza da carne e espírito", e ensinando-o a
"aperfeiçoar a santidade, no temor de Deus!".
Fonte:Encontre mais e-books evangélicos no site:
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domingo, 3 de abril de 2016
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