David Martyn Lloyd-Jones
by William under David Martyn Lloyd-Jones
Ninguém
jamais terá uma concepção verdadeira do ensino bíblico sobre a redenção, se não
possuir clareza de entendimento sobre a doutrina bíblica do pecado.
E
essa é a razão por que muitas pessoas, em nossos dias, são inseguras e vagas em
suas ideias a respeito da redenção. A ideia mais comum é a de que o Senhor
Jesus é um tipo de amigo ao qual todos podem recorrer em dificuldades, como se
isso fosse tudo a respeito dEle. O Senhor Jesus é esse tipo de amigo — e temos
de agradecer a Deus! Mas isso não é redenção em todo o seu escopo, em sua
inteireza ou em sua essência.
Você
não pode começar a avaliar a redenção, até que compreenda o que a Bíblia nos
ensina a respeito da condição do homem no pecado e de todos os efeitos do
pecado no homem. Permita-me dizê-lo com outras palavras: você não pode entender
a doutrina da encarnação de Cristo, a menos que entenda a doutrina do pecado. A
Bíblia nos ensina que o homem estava em uma condição tão deplorável, que exigia
a vinda, dos céus à terra, da Segunda Pessoa da bendita e santíssima Trindade.
Ele teve de humilhar-se e assumir a natureza humana, nascendo como um bebê.
Isso era absolutamente essencial, para que o homem fosse redimido.
Por
quê? Por causa do pecado e da sua natureza. Por conseguinte, você não pode
entender a encarnação de Jesus, a menos que tenha um entendimento claro sobre o
pecado. De maneira semelhante, considere a cruz no monte Calvário.
O que ela
significa? O que a cruz nos diz? O que aconteceu lá? Digo novamente que você não
pode entender a morte de nosso Senhor e o que Ele fez na cruz, se não possui um
entendimento claro sobre a doutrina do pecado.
A completa imprecisão das idéias
de muitas pessoas a respeito da morte de nosso Salvador se deve completamente a
este fato: e elas não gostam da doutrina da substituição, não gostam da
doutrina do sofrimento penal.
Isso
acontece porque nunca compreenderam o problema e não vêem o homem como um
criatura caída no pecado. Estas são as doutrinas fundamentais da fé cristã; não
se pode entender a redenção, exceto à luz da terrível condição do homem no
pecado.