Escola Bíblica Conhecedores da verdade - O objetivo deste blog e levar você a conhecer a verdade que liberta de todo o Engano. Nesses últimos tempos, muito se tem ouvido falar do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, porém de maneira distorcida e muitas vezes pervertida, com heresias disfarçada etc. “ ...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.32
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terça-feira, 26 de julho de 2016
domingo, 24 de julho de 2016
A Onisciência de Deus
A ONISCIÊNCIA DE DEUS
Deus é onisciente. Ele sabe todas as coisas — todas as
coisas possíveis,
todas as coisas reais, todos os eventos, conhece todas as
criaturas, todo o
passado, presente e futuro. Conhece perfeitamente todos
os pormenores da vida
de todos os seres que há no céu, na terra e no inferno.
"... conhece o que está
em trevas..." (Daniel 2:22). Nada escapa à Sua
atenção, nada pode ser
escondido dEle, não há nada que Ele esqueça! Bem podemos
dizer com o
salmista: "Tal ciência é para mim maravilhosíssima;
tão alta que não a posso
atingir" (Salmo 139:6). Seu conhecimento é perfeito.
Ele jamais erra, nem
muda, nem passa por alto coisa alguma. "E não há
criatura alguma encoberta
diante dele: antes todas as coisas estão nuas e patentes
aos olhos daquele com
quem temos de tratar" (Hebreus 4:13). Sim, tal é o
Deus a quem temos de
prestar contas!
"Tu conheces o meu assentar e o meu levantar: de
longe entendes o meu
pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e
conheces todos os meus
caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis
que, ó Senhor, tudo
conheces" (Salmo 139:2-4), Que maravilhoso Ser é o
Deus das Escrituras! Cada
um dos Seus gloriosos atributos deveria torná-lo
honorável à nossa apreciação.
A compreensão da Sua onisciência deveria inclinai-nos
diante dEle em
adoração. Contudo, quão pouco meditamos nesta perfeição
divina! Será por que
o só pensar nela nos enche de inquietação?
Quão solene é este fato: nada se pode esconder de Deus!
.... Quanto às
cousas que vos sobem ao espírito, eu as conheço"
(Ezequiel 11:5). Embora
sendo Ele invisível para nós, não o somos para Ele. Nem
as trevas da noite,
nem as mais espessas cortinas, nem o calabouço mais
profundo podem ocultar
o pecador dos olhos do Onisciente. As árvores do jardim
não puderam ocultar
os nossos primeiros pais. Nenhum olho humano viu Caim
assassinar seu
irmão, mas o seu Criador testemunhou o crime. Sara pôde
rir zombeteira,
oculta em sua tenda, mas foi ouvida por Jeová. Acã roubou
uma cunha de ouro
e a escondeu cuidadosamente no solo, mas Deus a trouxe à
luz. Davi escondeu
a sua iniqüidade a duras penas, mas pouco depois o Deus
que tudo vê envioulhe
um dos Seus servos para dizer-lhe: "Tu és o
homem!" E tanto ao escritor
como ao leitor se diz: "... sabei que o vosso pecado
vos há de achar" (Números
32:23).
Os homens despojariam a Deidade da Sua onisciência, se
pudessem —
prova de que "... a inclinação da carne é inimizade
contra Deus... " (Romanos
8:7). Os ímpios odeiam esta perfeição divina com a mesma
naturalidade com
que são compelidos a reconhecê-la. Gostariam que não
houvesse nenhuma
Testemunha dos seus pecados, nenhum Examinador dos seus
corações,
nenhum Juiz dos seus feitos. Procuram banir tal Deus dos
seus pensamentos:
"E não dizem no seu coração que eu me lembro de toda
a sua maldade..."
(Oséias 7:2). Como é solene o Salmo 90:8! Boa razão tem
todo o que rejeita a
Cristo para tremer diante destas palavras: "Diante
de ti puseste as nossas
iniqüidades: os nossos pecados ocultos à luz do teu
rosto".
Mas a onisciência de Deus é uma verdade cheia de
consolação para o
crente. Em tempos de aflição, ele diz com Jó: "Mas
ele sabe o meu caminho..."
(23:10). Pode ser profundamente misterioso para mim,
inteiramente
incompreensível para os meus amigos, mas "Ele
sabe"! Em tempos de fadiga e
fraqueza, os crentes podem assegurar-se de que Deus
" ... conhece a nossa
estrutura; lembra-se de que somos pó" (Salmo
103:14). Em tempos de dúvida e
vacilação, eles apelam para este atributo, dizendo:
"Sonda-me, ó Deus, e
conhece o meu coração: prova-me, e conhece os meus
pensamentos. E vê se ha
em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho
eterno" (Salmo 139:23-
24). Em tempos de triste fracasso, quando os nossos
corações foram traídos por
nossos atos; quando os nossos feitos repudiaram a nossa
devoção, e nos é feita
a penetrante pergunta, "Amas-me?", dizemos,
como o fez Pedro: "... Senhor, tu
sabes tudo; tu sabes que eu te amo..." (João 21:17).
Aí temos estímulo para orar. Não há motivo para temer que
as petições do
justo não serão ouvidas, ou que os seus suspiros e
lágrimas não serão notados
por Deus, visto que Ele conhece os pensamentos e as
intenções do coração. Não
há perigo de que um santo seja passado por alto no meio
da multidão de
suplicantes que todo dia e toda hora apresentam as suas
variadas petições,
pois a Mente infinita é capaz de prestar a mesma atenção
a multidões como se
apenas um indivíduo estivesse procurando obter a Sua
atenção. Assim também
a falta de linguagem apropriada, a incapacidade de dar
expressão ao anseio
mais profundo da nossa alma, não comprometerá as nossas
orações, pois, "...
será que antes que clamem, eu responderei: estando eles
ainda falando, eu os
ouvirei" (Isaías 65:24).
"Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu
entendimento é
infinito" (Salmo 147:5). Deus não somente sabe tudo
que aconteceu no passado
em todos os rincões dos Seus vastos domínios, e não
apenas conhece por
completo tudo o que agora está ocorrendo no universo
inteiro, mas também é
perfeito conhecedor de todos os acontecimentos, do menor
ao maior deles, que
haverão de suceder nas eras vindouras. O conhecimento que
Deus tem do
futuro é tão completo como o Seu conhecimento do passado
e do presente, e
isso porque o futuro depende totalmente dEle próprio. Se
fosse possível ocorrer
alguma coisa sem a ação direta de Deus ou sem a Sua
permissão, então aquilo
seria independente dEle, e Ele deixaria, de pronto, de
ser Supremo.
Ora, o conhecimento divino do futuro não é mera
abstração, mas é algo
inteiramente ligado ao Seu propósito, o qual o acompanha.
Deus mesmo
planejou tudo que há de ser, e o que Ele planejou terá
que ser efetuado. Como a
Sua Palavra infalível afirma, "... segundo a sua
vontade ele opera com o exército
do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar
a sua mão e lhe
diga: Que fazes?" (Daniel 4:35). E de novo:
"Muitos propósitos há no coração do
homem, mas o conselho do Senhor permanecerá"
(Provérbios 19:21). Como a
sabedoria e o poder de Deus são igualmente infinitos,
tudo que Deus projetou
está absolutamente garantido. (Que os conselhos divinos
deixem de cumprir-se,
é tão impossível como seria para Deus, três vezes santo,
mentir.
Quanto à realização dos conselhos de Deus relativos ao
futuro, nada é
incerto. Nenhum dos Seus decretos é deixado na
dependência das criaturas,
nem das causas secundárias. Não há evento futuro que seja
apenas uma
possibilidade, isto é, coisa que pode ou não vir a
acontecer. "Conhecidas por
Deus são todas as suas obras desde a eternidade"
(Atos 15:18). O que quer que
Deus tenha decretado é inexoravelmente certo, pois nEle
"... não há mudança
nem sombra de variação" (Tiago 1:17). Portanto,
"logo no início do livro que nos
desvenda tantas coisas do futuro, são nos ditas "...
as coisas que brevemente
devem acontecer..." (Apocalipse 1:1).
O perfeito conhecimento de Deus é exemplificado e
ilustrado em todas as
profecias registradas em Sua Palavra. No Velho Testamento
acham-se vintenas
de predições concernentes à história de Israel, as quais
se cumpriram até o
mínimo pormenor, séculos depois de terem sido feitas. Há
também vintenas
doutras mais, predizendo a carreira de Cristo na terra, e
também se cumpriram
literal e perfeitamente. Tais profecias só poderiam ter
sido dadas por Alguém
que conhecesse o fim desde o princípio, e cujo
conhecimento repousasse na
incondicional certeza da realização de tudo quanto fosse
predito..De modo
semelhante, o Velho e o Novo Testamento contêm muitos
outros anúncios ainda
futuros, e estes também "tem que cumprir-se"
(Lucas 24:44, na versão usada
pelo autor), tem que cumprir-se porque preditos por
Aquele que os decretou.
Contudo, deve-se assinalar que, nem o conhecimento de
Deus, nem a Sua
cognição do futuro, considerados simplesmente em si
mesmos, são causativos.
Nada jamais aconteceu, nem acontecerá, apenas porque Deus
o sabia. A causa
de todas as coisas é a vontade de Deus. O homem que
realmente crê nas
Escrituras sabe de antemão que as estações do ano
continuarão a seguir-se
sucessivamente com infalível regularidade até o fim da
história da terra
(Gênesis 8:22); todavia, não é o seu conhecimento a causa
da referida sucessão
de eventos. Assim, o conhecimento de Deus não nasce das
coisas porque elas
existem ou existirão, mas porque Ele ordenou que
existissem. Deus sabia da
crucificação do Seu Filho e a predisse muitas centenas de
anos antes que
Ele Se encarnasse, e isto, porque, segundo o propósito
divino, Ele era um
Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Portanto, lemos
que Ele "... foi
entregue pelo determinado conselho e presciência de
Deus..." (Atos 2:23).
Uma ou duas palavras, à guisa de aplicação. O
conhecimento infinito de
Deus deveria encher-nos de assombro. Quão exaltado é o
Senhor, acima do
mais sábio dos homens! Nenhum de nós sabe o que o dia nos
trará, mas todo o
futuro está aberto ao Seu olhar onisciente. O
conhecimento infinito de Deus
deveria encher-nos de santa reverência. Nada do que
fazemos, dizemos ou
mesmo pensamos, escapa à percepção dAquele a quem teremos
que prestar
contas: "Os olhos do Senhor estão em todo o lugar,
contemplando os maus e os
bons" (Provérbios 15:3). Que freio seria para nós,
se meditássemos nisso mais
freqüentemente! Em vez de agir descuidadamente, diríamos
com Hagar: "Tu, ó
Deus, me vês" (Gênesis 16:13) — segundo a versão
utilizada pelo autor, A
capacidade de compreensão que o conhecimento infinito de
Deus tem deveria
encher o cristão de adoração. Minha vida A inteira esteve
aberta ante os Seus
olhos desde o princípio! Ele previu todas as minhas
quedas, todos os meus
pecados, todas as minhas reincidências; todavia, fixou em
mim o Seu coração.
Como a percepção disto deveria fazer-me prostrar em
admiração e adoração
diante dEle!
Fonte: ARTHUR W. PINK - Os Atributos de Deus
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Os Decretos de Deus
O decreto de Deus é Seu propósito ou
determinação com respeito às
coisas futuras. Usamos o singular, como o
fazem as Escrituras (Romanos 8:28;
Efésios 3:11), porque houve somente um ato
de Sua mente infinita acerca das
coisas futuras. Entretanto, nós falamos
como se houvesse muitos, porque as
nossas mentes só conseguem pensar em ciclos
sucessivos, conforme surgem os
pensamentos e as ocasiões, ou com
referência a vários objetos do Seu decreto,
os quais, sendo muitos, parecem-nos
requerer um propósito diferente para cada
um deles. O entendimento infinito de Deus
não avança passo a passo, ou de
etapa a etapa. "Conhecidas por Deus
são todas as Suas obras desde a
eternidade" (Atos 15:18 versão
autorizada KJ, 1611).
As Escrituras fazem menção dos decretos de
Deus em muitas passagens,
empregando vários termos. A palavra
"decreto" acha-se no Salmo 2:7, etc. Em
Efésios 3:11 lemos a respeito do Seu
"eterno propósito". Em Atos 2:23, do "...
determinado conselho e presciência de
Deus... ". Em Efésios 1:9, do "... mistério
da sua vontade... ". Em Romanos 8:29
lemos que Ele também "predestinou".
Em Efésios 1:9, sobre "o seu
beneplácito". Os decretos de Deus são
denominados Seu "conselho" para
significar que são consumadamente sábios.
São chamados Sua "vontade" para
mostrar que Ele não estava sob nenhum
outro domínio, mas agiu de acordo com o Seu
beneplácito. Quando a norma de
conduta de uma pessoa é a sua vontade,
geralmente é caprichosa e irrazoável.
Mas nos procedimentos divinos a sabedoria
está sempre associada com a
"vontade" e, por conseguinte, os
decretos de Deus são descritos como
sendo "o conselho da sua vontade"
(Efésios 1:11).
Os decretos de Deus se relacionam com todas
as coisas futuras, sem
exceção: o que quer que seja feito no
tempo, foi pré-ordenado antes de iniciar-se
o tempo. O propósito de Deus dizia respeito
a todas as coisas, grandes e
pequenas, boas e más, conquanto, com
referência a estas, devemos ter o
cuidado de afirmar que, se bem que Deus é o
Ordenador e Controlador do
pecado, não é o seu Autor do mesmo modo
como é o Autor do bem. O pecado
não poderia proceder de um Deus santo por
criação direta e positiva, mas
somente por permissão decretatória e ação
negativa. O decreto de Deus é tão
abrangente como o Seu governo,
estendendo-se a todas as criaturas e a todos
os eventos.
Relaciona-se com a nossa vida e com a nossa
morte, com o nosso estado
no tempo, bem como na eternidade. Como Deus
faz todas as coisas segundo o
conselho da Sua vontade, ficamos sabendo
por Suas obras em que consiste (ou
consistiu) o Seu conselho, assim como
julgamos a planta de um arquiteto
inspecionando o edifício que foi construído
sob sua direção.
Deus não decretou meramente criar o homem,
colocá-lo na terra, e depois
deixá-lo entregue à sua própria direção
descontrolada; antes, fixou todas as
circunstâncias do destino dos indivíduos, e
todas as particularidades que a
história da raça humana compreende, desde o
seu início até o seu fim. Ele não
decretou simplesmente o estabelecimento de
leis gerais para o governo do
mundo, mas dispôs a aplicação dessas leis a
todos os casos particulares. Os
nossos dias estão contados, como contados
estão os cabelos das nossas
cabeças. Podemos entender a extensão dos
decretos divinos pelas distribuições
providenciais, mediante as quais eles são
executados. Os cuidados de Deus
alcançam as criaturas, mais insignificantes
e os mais diminutos eventos, como
a morte de um pardal e a queda de um fio de
cabelo.
Consideremos agora algumas das propriedades
dos decretos divinos. Em
primeiro lugar, são eternos. Supor que
sequer um deles foi ditado dentro do
tempo, é supor que ocorreu algum novo
acontecimento, surgiu algum evento
imprevisto ou alguma combinação imprevista
de circunstâncias, que induziu o
Altíssimo a idealizar uma nova resolução.
Isto favoreceria a idéia de que o
conhecimento de Deus é limitado e que Ele
vai ficando mais sábio conforme o
tempo avança — o que seria uma horrível
blasfêmia. Ninguém que creia que o
entendimento divino, é infinito, abrangendo
o passado, o presente e o futuro,
jamais admitirá a errônea doutrina de
decretos temporais. Deus não ignora os
eventos futuros que serão executados por
volições humanos; Ele os predisse em
inúmeros casos, e a profecia não é nada
menos do que a manifestação da Sua
presciência eterna. As Escrituras afirmam
que os crentes foram escolhidos em
Cristo antes da fundação do mundo (Efésios
1:4), sim, que foi então que a
“graça” lhes foi dada (2 Timóteo 1:9).
Em segundo lugar, os decretos de Deus são
sábios? A sabedoria é
evidenciada na seleção dos melhores fins
possíveis e dos meios mais
apropriados para cumpri-los. Pelo que
conhecemos dos decretos de Deus, é
evidente que lhes pertence esta
característica. Eles se nos revelam por sua
execução, e toda evidência de sabedoria nas
obras de Deus é prova da sabedoria
do plano segundo o qual eles são
realizados. Como declara o salmista, "O
Senhor, quão variadas são as tuas obras!
Todas as cousas fizeste com
sabedoria..." (Salmo 104:24), Na
verdade, só podemos observar uma
pequeníssima parte delas, mas devemos
proceder aqui como fazemos noutros
casos, e julgar o todo pela amostra, o
desconhecido pelo conhecido. Aquele que
percebe o funcionamento admiravelmente
engenhoso das partes de uma
máquina que teve oportunidade de examinar,
será naturalmente levado a crer
que as outras partes são de igual modo
admiráveis. Da mesma maneira,
devemos persuadir nossas mentes quanto às
obras de Deus quando nos
invadem dúvidas, e repelir as objeções
acaso sugeridas por alguma coisa que
não podemos conciliar com as nossas noções
do que é bom e sábio. Quando
alcançarmos os limites do finito e
contemplarmos os misteriosos domínios do
infinito, exclamemos: "Ó profundidade
das riquezas, tanto da sabedoria, como
da ciência de Deus..." (Romanos
11:33).
Em terceiro lugar, são livres. "Quem
guiou o Espírito do Senhor? E que
conselheiro o ensinou? Com quem tomou
conselho, para que lhe desse
entendimento, e lhe mostrasse as veredas do
juízo e lhe ensinasse sabedoria, e
lhe fizesse notório o caminho — da
ciência?" (Isaías 40:13-14). Deus estava
sozinho quando elaborou os Seus decretos, e
as Suas determinações não foram
influenciadas por nenhuma causa externa.
Ele era livre para decretar ou não, e
para decretar uma coisa e não outra. É
preciso atribuir esta liberdade Àquele
que é supremo, independente e soberano em
tudo que faz.
Em quarto lugar, são absolutos e
incondicionais. Sua execução não
depende de qualquer condição que se pode ou
não cumprir. Em cada caso em
que Deus tenha decretado um fim, decretou
também todos os meios para esse
fim. Aquele que decretou a salvação dos
Seus eleitos, também decretou
produzir fé neles, (2 Tessalonicenses 2:13).
"...O meu conselho será firme, e
farei toda a minha vontade" (Isaías
46:10); mas não poderia ser assim, se o Seu
conselho dependesse de uma condição que não
pudesse ser cumprida. No
entanto Deus "...faz todas as coisas
segundo o conselho da sua vontade"
(Efésios 1:11).
Lado a lado com a imutabilidade e
invencibilidade dos decretos de Deus,
as Escrituras ensinam claramente que o
homem é uma criatura responsável e
que tem que responder por suas ações E se
as nossas idéias se formam com
base na Palavra de Deus a defesa de um
daqueles ensinos não levará à
negação do r outro (Reconhecemos sem
reserva que há real dificuldade
em definir onde um termina e o outro
começa) Sempre acontece isto quando há
uma conjunção do divino e do humano. A
verdadeira-, oração é ditada pelo
Espírito e, não obstante, é também o clamor
do coração humano. As Escrituras
são a Palavra de Deus inspirada mas foram
escritas por homens que eram
algo mais que máquinas nas mãos do
Espírito. Cristo é Deus e homem. Ele e
onisciente, mas crescia em sabedoria (Lucas
2:52). É todo-poderoso porém "...
foi crucificado por fraqueza..." (2
Coríntios 13:4). É o Príncipe da vida e,
contudo, morreu. Mistérios profundos são
estes, mas a fé os recebe sem
contestação.
Tem-se assinalado muitas vezes no passado
que toda objeção contra os
decretos eternos de Deus aplica-se com
igual intensidade contra a Sua eterna
presciência. "Se Deus decretou ou não
todas as coisas que acontecem, aqueles
que admitem a existência de Deus reconhecem
que Ele sabe de antemão todas
as coisas. Pois bem é evidente que se Ele
conhece de antemão todas as coisas,
Ele as aprova ou não as aprova, isto é, ou
quer que se realizem, ou não quer.
Mas querer que se realizem é decretá-las
(Jonathan Edwards).
Finalmente, procure-se supor e depois
contemplar o oposto. Negar os
decretos divinos seria proclamar um mundo,
e tudo que se relaciona com ele,
regulado somente por acaso ou por destino
cego. Então, que paz, que
segurança, que consolo haveria para os nossos
pobres corações e mentes? Que
refúgio haveria para onde fugir na hora da
necessidade e da provação? Nada
disso haveria. Não haveria nada menos que
as densas trevas e o abjeto horror
do ateísmo. Oh meu leitor, quão agradecidos
devemos estar porque tudo está
determinado pela infinita sabedoria e
bondade de Deus! Quanto louvor e
gratidão devemos a Ele por Seus decretos!
Graças a estes "... sabemos que
todas as coisas contribuem juntamente para
o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados por seu
decreto" (Romanos 8.28). Podemos
muito bem exclamar: "...glória pois a
ele eternamente. Amém" (Romanos
11:36).
Fonte: ARTHUR W. PINK - Os Atributos de Deus
Abertura Os Atributos de Deus
"Une-te
pois a ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem” (Jó
22:21).
"Assim
diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o
forte
na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar
glorie-se
nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor..." (Jeremias 9:23-
24).
Um conhecimento salvador e espiritual de Deus é a maior de todas as
necessidades
de cada criatura humana.
O
fundamento de todo conhecimento verdadeiro de Deus só pode ser a
clara
compreensão mental de Suas perfeições, segundo revelam as Escrituras
Sagradas.
Não nos é possível servir nem adorar a um Deus desconhecido, nem
depositar
nEle a nossa confiança. Neste breve livro fez-se um esforço para
apresentar
algumas das principais perfeições do caráter, divino. Para que o
leitor
se beneficie realmente com a leitura das páginas que se seguem, ele
precisa
suplicar a Deus com seriedade e determinação que as abençoe para seu
proveito,
que aplique Sua verdade à consciência e ao coração, a fim de que a
sua
vida seja transformada.
Necessitamos
algo mais que um conhecimento teórico de Deus. Só
conhecemos
verdadeiramente a Deus em nossa alma, quando nos rendemos a
Ele,
quando nos submetemos à Sua autoridade e quando os Seus preceitos e
mandamentos
regulam todos os pormenores da nossa vida. "Conheçamos, e
prossigamos
em conhecer ao Senhor..." (Oséias 6:3), "Se alguém quiser fazer a
vontade
dele... conhecerá" (João 7:17). "... o povo que conhece ao seu Deus
se
esforçará
e fará proezas" (Daniel 11:32).
Os
capítulos que se seguem apareceram pela primeira vez na revista
mensal
"Studies in the Scriptures" (Estudos nas Escrituras), publicada pelo
autor
e totalmente dedicada à exposição da Palavra de Deus e à provisão de
alimento
espiritual para almas famintas. Estes artigos foram reeditados em sua
presente
forma graças à generosidade de um amigo cristão que financiou o
custo
total de sua publicação. Se Deus o permitir, o produto da venda deste
livro
será empregado na publicação de outros, de natureza similar. Seja sobre
ele a
bênção de Deus.
Fonte: ARTHUR W. PINK - Os
Atributos de Deus
domingo, 17 de julho de 2016
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