mulher do seu fluxo de sangue.
As suas mais fortes resoluções ou propósitos podem esconder um pecado, mas não podem apagá-lo. Elas podem cobrir um pecado, mas não podem removê-lo.
O remendo preto3 pode cobrir uma ferida, mas não curá-la! Também não são os purgatórios dos papistas, as vigílias, as chibatadas, nem o beijo da estátua de São Francisco ou a lambedura da ferida de leprosos que vão remover a lepra roedora do pecado!
Na força de Cristo e na força do Espírito, empenhe-se profundamente na mortificação de
toda espécie de concupiscência! Oh, não abrace, não ceda, mas empenhe-se
resolutamente na para destruir toda luxúria!
Um vazamento num navio o fará afundar! Uma punhalada certeira é capaz de matar um Golias tanto quanto as vinte e três que mataram César! Uma Dalila pode fazer tão mal a Sansão quanto fizeram todos os filisteus!
Uma engrenagem quebrada estraga todo o relógio! Um sangramento numa artéria fará perder todos os sinais vitais! Uma mosca vai estragar todo o pote de unguento! Uma erva amarga vai estragar todo o ensopado! Ao comer o fruto Adão perdeu o paraíso! Uma gota de mel colocou em perigo a vida de Jônatas! Um Acã foi um problema para todo o Israel! Um Jonas suscita uma tempestade e torna-se um fardo pesado demais para o navio inteiro!
3 Remendo preto — um pequeno pedaço de seda preta, muitas vezes de forma extravagante, usado no rosto, quer para esconder uma falha ou, mais geralmente, para mostrar a tez por contraste. Na
moda, especialmente entre as mulheres nos séculos 17 e 18.
Da mesma forma, uma concupiscência não mortificada atraíra fortes tempestades e muitas tormentas na alma! E, portanto, enquanto você tem uma abençoada calma e quietude em seu próprio espírito sob aguda provação, empenhem-se cuidadosamente na obra da mortificação.
Gideão teve setenta filhos e apenas um deles bastardo, apenas um, e ele destruiu todos os seus setenta filhos! Ah, Cristão! Você não sabe o que imensidão de danos uma concupiscência não mortificada pode fazer? Portanto, não deixe nada satisfazê-lo senão apenas a morte de todas as suas concupiscências.
Thomas Brooks